Do Blog de Jamildo

O presidente do União Brasil, Luciano Bivar, garantiu que não estará na oposição do presidente eleito Lula (PT). A declaração ocorreu na semana passada e vem do presidente de um partido que estará com 59 parlamentares na Câmara dos Deputados no próximo ano.

No entanto, a maioria da bancada do UB eleita pensa diferente, como é o caso do deputado federal Mendonça Filho (União).

Em entrevista à Rádio Jornal Interior nesta segunda-feira (07), Mendonça foi questionado se faria parte da ala de oposição do União Brasil ao petista.

Em resposta, ele confirmou que já declarou isso “de forma muito clara” e ressaltou que quem conhece seu histórico “sabe que sempre foi um histórico de oposição ao PT”.

Mendonça Filho justificou por qual motivo é opositor à ideia do colega de partido Luciano Bivar. “Não seria correto neste instante que, por ventura, por uma questão de oportunismo, ou uma questão de busca de conforto pessoal, eu mudasse de posição. Se é uma coisa que eu sou na vida, é coerente. Evidentemente que eu tenho que ser fiel ao meu eleitorado, que acreditava em mim, confiava em mim”.

O deputado federal ainda afirmou que o posicionamento de Bivar não representa o partido. “Para ser uma opinião do partido como um todo, ela precisa passar por um debate amplo das bancadas de deputados federais, senadores e ouvindo os governadores”.

Por fim, Mendonça ressaltou que respeita a opinião do presidente do partido, mas que a palavra dela é tão importante quanto a dos outros membros do União Brasil.

Luciano Bivar não fará oposição a Lula

Na última quinta-feira (03), Luciano Bivar disse à Folha de São Paulo que apoiará o governo Lula. “Queremos dar governabilidade e sustentação ao presidente Lula e apoiaremos com o maior prazer seu governo. Não vamos ser oposição de jeito nenhum“.

Em recente entrevista ao O Globo, Bivar manteve o posicionamento. “Podemos integrar a base, sim. Estamos sempre dispostos. Se tivermos uma representação significativa como a que temos na Câmara dos Deputados, queremos conversar com o governo diariamente”, completou.

O presidente do União Brasil também lembrou que não deixou de apoiar Jair Bolsonaro (PL) de última hora e que brigou pelas instituições do país. Ele finalizou ressaltando ser um radical do Estado de direito.