O dia do aniversário de 172 de Joaquim Nabuco, patrono da Fundaj, foi marcado por uma série de eventos na instituição. Na manhã desta quinta-feira (19), o Museu do Homem do Nordeste (Muhne) foi reaberto. Além disso, foram lançadas a exposição “389 dias de Solidão”, o livro “Museu do Homem do Nordeste em 40 peças” e a mostra “Três Ceramistas”. Na parte da tarde, o Engenho Massangana recebeu o lançamento da Usina Fotovoltaica da Fundaj e o anúncio da II Edição do Prêmio Delmiro Gouveia de Economia Criativa. Durante o dia, o público de casa também pôde contar com palestras virtuais sobre fotografia e Nabuco.
A cerimônia de reabertura do Muhne contou com a presença do Ministro da Educação (MEC), Milton Ribeiro. “O museu é algo muito importante, porque além de outras referências, serve para a gente aprender com o passado. Quem não aprende com o passado está fadado a cometer sempre os mesmos erros”, destacou ele. Também estavam presentes no evento o prefeito de Goiana, Eduardo Honório, e o secretário de Cultura de Pernambuco, Gilberto Freyre Neto.
Ribeiro ainda conferiu em primeira mão a exposição “389 dias de Solidão”, na sala de abertura do edifício Gil Maranhão. A mostra é um convite para o público refletir sobre os desafios dos equipamentos museais durante a pandemia, que sofreram com a ausência dos visitantes. “Esse Museu é, sem dúvidas, uma parte viva da memória cultural e histórica do Nordeste”, ressaltou o presidente da Fundaj, Antônio Campos.
Depois, a programação seguiu com o lançamento do livro “Museu do Homem do Nordeste em 40 peças” (Editora Massangana, 2021) e o lançamento da exposição “Três Ceramistas”. Além da reabertura do Espaço Janete Costa Arte e Cultura, loja do Muhne dedicada a artesãos e artistas populares.
Na parte da tarde, a Usina Fotovoltaica da Fundaj e a II Edição do Prêmio Delmiro Gouveia de Economia Criativa foram lançadas, no Engenho Massangana, localizado no Cabo de Santo Agostinho. “A usina solar, cuja estimativa de investimento é da ordem de R$ 200 mil, tornará o Massangana autossustentável em termos energéticos. Além de gerar uma economia mensal de cerca de R$ 3,5 mil por mês, com retorno do valor investido em menos de 5 anos, de acordo com os estudos de viabilidade técnica e financeira do projeto”, afirmou o diretor de Planejamento e Administração (Diplad), Allan Araújo.
O projeto da Usina Fotovoltaica prevê, em sua primeira fase, energia limpa para todo o Engenho. Em 30 anos, período de duração do sistema solar, serão preservados 683.163 kg CO2 na atmosfera, quantitativo que equivale a 4.880 árvores plantadas. Posteriormente, os demais campi também serão beneficiados. Essa ação faz parte do Plano de Sustentabilidade Ambiental da instituição, que visa reduzir impactos e preservar recursos naturais.
Já o Prêmio Delmiro Gouveia beneficiará iniciativas culturais da Zona da Mata Sul de Pernambuco. Serão contempladas quatro categorias: Tesouro Humano Vivo, Literatura, Arte e Tecnologia. Nas próximas semanas serão definidos outros detalhes sobre o prêmio e divulgado o seu edital.
De acordo com o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundaj, Mario Helio, ao longo das próximas semanas, serão definidos detalhes sobre o prêmio e divulgado o seu edital. De antemão, ele adiantou alguns segmentos que serão contemplados no certame. “Faremos essa segunda edição, particularmente, voltada para iniciativas culturais da Zona da Mata Sul. Teremos um edital que valoriza os escritores, o educativo, o patrimônio da Fundação, e em especial, crianças e jovens”, ressaltou Mario Helio.
Marcando presença no evento, esteve o representante do ministro da Educação, Milton Ribeiro, o secretário executivo do MEC, Victor Godoy. Ele falou da satisfação de participar de um evento de valorização da cultura. “O ministro tem um carinho especial pela Fundaj e nós ficamos extremamente contentes em ver o trabalho desta instituição que valoriza a cultura. Por isso, temos o compromisso de apoiar o trabalho de vocês, podem sempre contar conosco”, disse.
Eventos online
Como parte das comemorações do aniversário de seu patrono, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) transmitiu o ciclo de palestras Reverberações em torno de Nabuco, promovido pela sua Diretoria de Pesquisa Social (Dipes). O encontro virtual abordou o pensamento nabuqueano em questões fundamentais nas esferas política e social do Brasil, como a desigualdade resultante da escravidão, que foi o recorte discutido pelo cientista político Carlos Sant’ Anna Guimarães, em “Resquícios da escravidão na contemporaneidade brasileira: desigualdades raciais e políticas”.
Além do aniversário de Nabuco, também nesta quinta-feira (19), foram celebrados o Dia Mundial da Fotografia e o Dia Nacional do Historiador. Assim, para marcar a data, o Centro de Estudos da História Brasileira (Cehibra) promoveu sua I Jornada Fotografias e Coleções. A iniciativa reuniu diversas pesquisadoras e pesquisadores ao longo de quatro mesas de debates.
À noite, para encerrar o dia, o escritor Joaquim Falcão, membro da Academia Brasileira de Letras, palestrou sobre “O que Nabuco pensaria do Brasil de hoje?”. O momento marcou o encerramento da programação especial preparada pela Fundaj para a celebração do aniversário do abolicionista e patrono da Instituição. O evento foi transmitido pelo canal da Fundaj no YouTube e contou com a mediação do diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), Mario Helio. Todas as transmissões podem ser conferidas, na íntegra, no canal da Fundaj no YouTube.
