Ministro do TSE proíbe manifestações políticas no Lollapalooza

Mário Flávio - 27.03.2022 às 10:52h

O ministro Raul Araújo, do TSE, atendeu pedido do Partido Liberal, de Bolsonaro, e vedou a realização ou manifestação de propaganda eleitoral ostensiva e extemporânea em favor de qualquer candidato ou partido político por parte dos músicos e grupos músicas que se apresentem no festival Lollapalooza. O pedido foi feito ontem, 14h48, e decisão foi dada na madrugada de hoje, 00h57.

Na decisão, o ministro ressaltou que manifestações como a de Pabllo Vittar – que ergueu uma toalha com a foto – e a da cantora britânica Marina – que falou “foda-se Bolsonaro” – fazem clara propaganda eleitoral em benefício de possível candidato ao cargo de Presidente da República, em detrimento de outro possível candidato, em flagrante desconformidade com o disposto na legislação eleitoral, que veda, nessa época, propaganda de cunho político-partidária em referência ao pleito que se avizinha.

O PL ajuizou representação eleitoral no TSE alegando que artistas estavam fazendo “propaganda eleitoral” no festival de música Lollapalooza. A legenda alegou que Pabllo Vittar e Marina realizaram manifestações políticas em suas respectivas apresentações no Loollapaloza, que contou com a presença de milhares de pessoas.

Segundo o partido, a cantora internacional Marina incidiu em propaganda eleitoral antecipada, na modalidade negativa, quando incitou os presentes “a proferirem palavras de baixo calão contra o pré-candidato filiado à legenda, notadamente quando sua fala se inicia com ‘Foda-se Bolsonaro'”.

“A manifestação política em mais de um show, uma em absoluto desabono ao pré-candidato Jair Bolsonaro e outra em escancarada propaganda antecipada em favor de ‘Lula’, configuram propaganda eleitoral irregular – negativa e antecipada – além de promoverem verdadeiro showmício, sendo indiferente se o evento foi custeado pelo candidato ou se o mesmo esteve presente no ato”, disse o partido.