Ministros se reúnem para discutir retirada de garimpeiros da terra Yanomami

Jorge Brandão - 07.02.2023 às 07:55h
Foto: Reprodução

Ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniram na segunda-feira (6) com o governador de Roraima, Antônio Denarium, no Palácio do Planalto, em Brasília, para discutir a retirada de garimpeiros da Terra Indígena Yanomami. As informações são do g1.

Participaram, além de Denarium, os ministros:
Rui Costa, da Casa Civil;
Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública;
e José Múcio, da Defesa.

O senador Hiran Gonçalves (PP-RR) também esteve na reunião. Após o encontro, as autoridades não falaram com a imprensa.
A operação de retirada dos garimpeiros deve durar vários meses – com a participação de mais de 500 policiais federais, da Força Nacional e de militares das Forças Armadas. Ações assistenciais para os indígenas e para os garimpeiros ilegais também foram discutidas.

O governo estuda formas de viabilizar alternativas de renda para os garimpeiros, para evitar novas invasões no território e para tentar desmobilizar possíveis reações hostis durante a operação.
Nesta terça-feira (7), o governo deve realizar uma nova reunião. Desta vez, outros ministérios, como o de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome e o de Povos Originários, vão participar.
A ideia é aprofundar o debate sobre as políticas sociais que deverão ser implementadas no território Yanomami ao longo dos próximos meses.

O processo começou com o fechamento do espaço aéreo da reserva indígena, na semana passada. A ação provocou a fuga de milhares de garimpeiros. Agora, o governo vai iniciar uma nova etapa.

Até esta terça-feira (7), 100 homens da Força Nacional vão desembarcar em Roraima para proteger as bases da Funai e os 68 postos de atendimento médico dentro do território indígena.
Já na quarta-feira (8), José Múcio e os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica vão a Roraima finalizar o plano de atuação das Forças Armadas.

O governo considera que cerca de 15 mil pessoas estejam na Terra Yanomami em função do garimpo ilegal. Associações de indígenas calculam que esse número pode passar de 20 mil.