Movimentos sociais e parlamentares pedem a liberdade de Luísa Hanune

Mário Flávio - 19.09.2019 às 22:32h

Na tarde desta quinta-feira (19), parlamentares, militantes de partidos de esquerda, de movimentos sociais e sindicais declararam apoio à luta pela liberdade da advogada e ativista Luísa Hanune, presa desde 9 de maio, por ordem de um Tribunal Militar da cidade de Blida, norte da Argélia.

Na entrevista coletiva de imprensa, convocada pela deputada estadual Teresa Leitão (PT) e pelo dirigente do PT de Pernambuco, Edmilson Menezes, foi possível denunciar para os presentes o atual estado de perseguição política à Luísa e a outros militantes de esquerda no país.

Hanune é secretária-geral do Partido dos Trabalhadores da Argélia, ex-deputada federal e ex-candidata à presidência da República. Uma influente personagem política no país norte-africano que vive uma situação revolucionária, com manifestações de massas. “São milhões que ocupam as ruas da Argélia todas as sextas-feiras há seis meses”, explicou Edmilson. A defesa da pauta democrática, da soberania nacional e do combate à pobreza, estão por trás da repressão sofrida por Hanune.

No próximo dia 23 de setembro haverá um juri contra Luísa e outros militantes políticos, o que fez com que a campanha internacional pela sua liberdade aumentasse. “A população quer um novo regime, querem novas leis eleitorais”, explicou Edmilson.

Estiveram na entrevista coletiva Júnior Afro (Setoria de Cultura do PT), Raissa Rabelo (Secretaria de Mulheres do PT), Tereza Souza (Fetraf/NE), Eleonora Pereira (Coletivo de Mulheres Defensoras dos Direitos Humanos), Igor Lima representando a deputada federal Marília Arraes (PT) e George Menezes representando o deputado estadual João Paulo Lima e Silva (PCdoB).