Bater na mesma tecla todas as vezes parece chato, eu sei, mas é só fruto do desespero de quem, por mais que reclame, não vê mudanças positivas naquilo pelo que mais zela: a EDUCAÇÃO, especialmente a educação mais fundamental.
O avansso da educação brasileira nestes últimos anos têm se mostrado um problema realmente muito grave, a começar do fato de sequer ser percebido pelos mais envolvidos ou, pior, se percebido, foi deixado de lado, quer por inércia ou inépcia, quer por vontade, mesmo, de deixar para lá.
A pandemia de Covid-19 apenas veio para jogar a pá de cal sobre o moribundo e letárgico sistema “educacional” de nosso país… mas, claro, não vou tecer críticas apenas ao nosso MEC ou às secretarias estaduais e municipais de “educação”… o MUNDO sofreu com a pandemia… aqui, apenas sofreu MAIS, como em muitos outros países cuja “educação” é de terceiro – ou quarto – mundo!
Não, eu não estou falando de AVANÇO educacional – essa seria a solução, não o problema. Estou falando de AVANSSO, mesmo.
Neste ponto, separamos o (a) joio do (b) trigo:
(a) as pessoas que lerão até aqui e entenderão o que esse trocadilho significa; e
(b) as pessoas que leram apenas o título e/ou parte deste texto e já começaram a criticar o “analfabetismo” do seu autor.
Criei a palavra AVANSSO para fazer um trocadilho com a palavra AVESSO, pois sempre que alguém me fala que a educação “avançou” no Brasil, eu sempre rebato dizendo “avançou ao contrário”.
Todos que dizem, ingenuamente ou não, que a educação avançou parecem achar que estar na ZONA DE REBAIXAMENTO é sinônimo de estar próximo do título de campeão.
Professores que não querem dar aulas, ou não têm a vocação para tanto;
Escolas sem estrutura que ofereça o mínimo para os alunos evoluírem;
Negligência do poder público para com a “educação” que oferece;
Pais que não querem, ou não podem, ou não conseguem acompanhar de perto a evolução escolar de seus filhos;
Enfim, a pandemia e as “soluções” dos “especialistas” que nunca pisaram sequer numa sala de aula porque quando estudaram “a pedagogia do oprimido” em seus cursos superiores, nunca foram ensinados A ENSINAR, mas apenas a “falar sobre políticas “educacionais””…
São pedagogos que apenas falam sobre pedagogia. Não são PROFESSORES que aplicam pedagogia para seu verdadeiro propósito: ensinar crianças.
São muitos os problemas, e diversas as variáveis. Não há uma só causa… mas há UM CLARO SINTOMA, que resultará num PREVISÍVEL DIAGNÓSTICO.
Enquanto essas crianças continuarem sem saber ler adequadamente e permanecerem incapazes de raciocinar matematicamente, que é o mínimo (e que mesmo assim não é oferecido), elas continuarão oprimidas… não serão capazes de livrar-se de seus opressores, sejam políticos que se beneficiam da ignorância deles, sejam suas próprias limitações futuras enquanto adultos e profissionais à procura de melhorar de vida.
O AVANSSO proposto pela pedagogia que se reproduz no Brasil, onde mais se debate e menos se ensina a ensinar é a verdadeira PEDAGOGIA DO OPRIMIDO… pedagogia que mantém os antigos oprimidos e que gera novos a cada sala de aula.
Professor João Antonio