O resultado das eleições de 2024 trouxe uma realidade amarga para o PSOL, que encerra o pleito com um desempenho bem abaixo das expectativas. Em São Paulo, maior reduto do partido, Guilherme Boulos sofreu uma derrota contundente no segundo turno para o atual prefeito Ricardo Nunes, encerrando as esperanças do PSOL de conquistar a capital paulista. A derrota de Boulos, que havia sido apontado como um dos nomes mais fortes da legenda, simboliza um cenário preocupante para o partido. Ele teve menos votos que a quantidade de abstenções, por exemplo.
No total, o PSOL disputou 208 prefeituras em todo o Brasil, mas saiu das urnas sem vencer em nenhuma delas, marcando o pior resultado de sua trajetória recente. Em um cenário nacional de disputa acirrada e alto índice de renovação nas administrações municipais, o partido não conseguiu emplacar seu projeto político e viu seus candidatos perderem espaço para partidos de centro e de direita, que avançaram com propostas de maior apelo popular.
O fraco desempenho nas urnas levanta questionamentos dentro e fora do partido sobre o futuro do PSOL e sua estratégia eleitoral. A dificuldade em expandir a base de apoio, aliada a uma resistência do eleitorado em adotar pautas mais radicais, indicam a necessidade de revisão no modelo de campanha e na comunicação das propostas, especialmente em grandes centros urbanos.
Agora, o PSOL precisará avaliar os fatores que contribuíram para este resultado e reestruturar seu planejamento para as próximas eleições, de modo a reconectar-se com o eleitorado e buscar novas formas de atuação na política municipal. A derrota de 2024 traz ao partido um alerta sobre a necessidade de adaptação em um cenário político cada vez mais polarizado e competitivo.
