A OAB Caruaru acompanhou a rebelião na Penitenciária Juiz Plácido de Souza, que iniciou-se no sábado (23). Neste domingo, o presidente Felipe Sampaio, o vice-presidente Fernando Júnior, a secretária-geral Newdylande Oliveira e o conselheiro e presidente da Comissão de Direitos Humanos, João Américo, participaram de um encontro com a direção da PJPS, além de uma comissão de reeducandos, com o intuito de intermediar uma solução para o caso.
A OAB/Caruaru se manifestou no sentido de defender os direitos de todos aqueles envolvidos e a fiscalizar o cumprimento dos acordos realizados. “Os presos, durante a reunião, reclamaram da lentidão na progressão de regime, já que alguns deveriam estar soltos. Desta feita, a OAB vai buscar ações junto às autoridades competentes, para que tais processos sejam agilizados”, disse o presidente da OAB/Caruaru, Felipe Sampaio.
O saldo após a rebelião foi a confirmação, pela PJPS, de seis mortes e quatro feridos. Houve também a remoção de alguns reeducandos para outras unidades. “A OAB verificou o empenho das autoridades policiais em resolver o conflito sem a necessidade de entrar no presídio. No entanto, acompanharemos as negociações até o fim da rebelião para que o acordo seja cumprido, por ambas as partes, e assim não haja a necessidade da entrada do grupo de operações especiais da Polícia Militar no local”, pontuou Sampaio.
ABAIXO O QUE FOI ACORDADO NA REUNIÃO:
Ações da PJPS:
1. Transferência de 24 presos para outras unidades;
2. Contratação de seis advogados até o mês de setembro, para atuar dentro da unidade prisional;
3. Melhores condições para os reeducandos;
4. Reconstrução das alas destruídas durante a rebelião.
Ações dos detentos:
1. Reestabelecer a normalidade na unidade prisional;
2. Entrega espontânea das armas que foram fabricadas durante a rebelião e que estão em poder dos reeducandos;
Ações da OAB/Caruaru:
1. Viabilizar um mutirão para análise de processos dos reeducandos, que estiverem desacompanhados de Advogados;
2. Acompanhamento das ações para assegurar o acordo firmado;
3. Mobilização das Comissões, auxiliando nas ações que forem necessárias; (segurança pública / saúde / direitos humanos).