Por Weverton Pierry
Ao longo das Operações Ponto Final 1 e 2, a relação entre o poder Legislativo e Executivo de Caruaru, ficou comprometida devido ao acontecimento que marcou a história da política local, com a prisão de 10 parlamentares, completando um ano hoje (18). O clima de revolta dos vereadores, que se dizem inocentes, criou uma barreira ainda maior dificultando a relação entre os dois poderes.
Os meses foram passando e a Operação foi ganhando proporção e repercussão nacional, o que contribuiu para manchar a imagem da Câmara Municipal, principalmente. O que não era bom ficou pior: a falta de harmonia entre prefeitura e Casa. Os projetos do Executivo enviados para votação em plenário passaram a ser temas de discussões por parte dos vereadores de oposição e de situação (que foram presos), e que estão insatisfeitos com a atuação do prefeito José Queiroz e pelo envolvimento de integrantes da prefeitura no caso.
Em entrevista ao Blog, o presidente da Câmara, Leonardo Chaves (PSD), garantiu que o relacionamento com Executivo ficou abalado apenas por parte dos edis envolvidos nas investigações. “De certa forma ficou conturbada com alguns vereadores, mas num todo acredito que não. Os poderes são independentes, mais é importante que se tenha uma harmonia entre eles”, disse.
Ainda segundo o Chaves, ao longo desses últimos meses de investigações e ações do Ministério Público em torno do Legislativo Municipal, a Câmara tem encontrado formas de recuperar a imagem. “Aos poucos estamos tentando recuperar a imagem da Câmara, com muito trabalho, divulgando tudo aquilo que nós fizemos e um trabalho com transparência e sempre consultando as entidades, Tribunal de Contas e de Justiça. Todas as vezes que precisamos criar alguma coisa aqui na Casa, nós procuramos fazer dentro da legalidade”, concluiu o presidente.