Opinião – A desaprovação do governo Bolsonaro é uma lição – por Jefferson Tepo

Mário Flávio - 10.09.2019 às 12:25h

O Governo vem apresentando problemas internos desde o início, isso não é novidade, mas a cabeça do eleitor está mais crítica e bobeiras cometidas pelo presidente não tem passado em branco. Em breve teremos as eleições municipais, o índice de confiança social do Ibope Inteligente mostra que há uma grande descredibilidade com a política. Com a participação mais ativa da sociedade no geral sobre a política, formando opiniões, lendo e se informando, os políticos precisam estar mais atentos ao que falam, fazem e defendem. Bolsonaro não está atento ou nunca foi, e muitas de suas falas estão trazendo fortes criticas da sociedade ao seu governo.

Nenhum outro presidente teve uma queda de aprovação tão rápida como Bolsonaro, embora o Ministério da Economia tenha trabalhado pra trazer boas medidas ao país e todas estão sendo discutidas no congresso. Porém, são as decisões e falas do presidente que enfraquecem seu governo, como por exemplo: A fala sobre o Pai do presidente da OAB, a indicação do seu filho como embaixador, “paraíbas”, o caso de discordância com o Ministro Sergio Moro sobre o COAF, as trocas de farpas irrelevantes com o Presidente francês, e o último caso com a ex-presidente chilena, Michelle Bachelet, envolvendo a ditadura de Pinochet.

Enfim, o que não falta são motivos para a desaprovação do presidente apresentar esses números, principalmente na região nordeste. A cobrança vem da rua, de maneira correta e lúcida. Porém, há ainda quem o defenda por puro partidarismo. Mas todo esse resultado é uma demonstração positiva de uma sociedade mais participante, e como toda democracia, é assim que a sociedade deve reagir a qualquer figura pública.

Cerca de 64% das pessoas acham que a política atual do Brasil impede que apareça um líder honesto e comprometido com mudanças para o povo, mas é exatamente por meio de todos esses debates vindo da sociedade que podem surgir novos lideres comprometidos com o povo, e o mais importante: líderes atuantes, que estejam perto do povo e que, por meio do dialogo, seja possível construir políticas públicas eficientes, baseadas no respeito, ética e transparência com os eleitores.