Só quem tem a obrigação contratual de passar pano pra este desgoverno não se indignou com os mais de 6 bilhões de reais que foram roubados de aposentados e viúvas pelo esquema institucionalizado desse INSS “pertencente” ao Lula.
Tal escândalo levou ao pedido de demissão do ex-ministro, Carlos Lupi, e à consequente nomeação do caruaruense Wolney Queiroz, segundo homem de Lupi, para o cargo.
Algumas perguntas (bem naturais, eu diria) podem (e deveriam) ser feitas:
- Se Lula ficou realmente indignado pelo esquema fraudulento, por que ele NÃO DEMITIU, nem CRITICOU Lupi? Por que Lupi teve de “se demitir” sozinho?
- Se Lupi sabia do esquema, por que não fez nada? Se Lupi não sabia do esquema, o que ele estava fazendo lá, afinal? O que é pior: a conivência por saber e não combater ou a incompetência por não saber?
- O Ministério da Previdência precisa ser do PDT pela competência com que o partido é capaz de gerir a pasta ou pela mera distribuição de cargos/órgãos entre aliados para garantir apoio ou participação em esquemas? (acho que essa, por tudo o que está acontecendo, já tem resposta).
- (essa vai para os passadores de pano) Se o esquema de descontos dos beneficiários começou com Bolsonaro, porque os números dos descontos são sempre estáveis desde muitos anos antes do governo do inelegível e inclusive durante ele, mas estourou (vertiginosamente) a partir de 2023, quando Lulinha voltou?
Aproveito para reutilizar alguns questionamentos acima ao novo Ministro, porque ele era o 2º homem na linha de comando do órgão:
- Wolney sabia do esquema? Ele avisou ao Lupi? Ele tentou fazer algo? Ele concorda com a postura do Lupi sobre o caso? Ele vai fazer diferente? Ele foi nomeado por Lula por seu conhecimento sobre previdência ou porque ele é do PDT?
Desejo toda a sorte ao ministro Wolney Queiroz e à sua equipe para que, contrariando o que os seus chefes fazem, possam dar fim aos esquemas que até hoje vigoram no INSS e que, indiscutivelmente, aparentam ter a participação do ex-ministro, o bode expiatório, e do seu intocável chefe.
*João Antonio é professor e sabe que não vai conseguir se aposentar
