O deputado Felipe Carreras considerou mais grave que a própria expulsão (que não ocorreu) a pena que lhe foi imposta pelo comando nacional do PSB: suspensão das atividades partidárias por 1 ano por ter votado a favor da reforma previdenciária. Isto equivale a uma “expulsão branca”, diz ele, pois implica impor-lhe mordaça e cassar-lhe a autonomia para o exercício do mandato. Carreras afirma também não ser um militante político qualquer.
Filiou-se ao PSB há 23 anos e após ter a ficha abonada por Miguel Arraes trabalhou nos governos dele, de Eduardo Campos, de Geraldo Júlio e de Paulo Câmara. Por isso define o atual presidente do partido, Carlos Siqueira, como “gambiarra mal feita” e sem “dimensão política” para comandá-lo. E já está de malas prontas para desembarcar em outro partido que seja ao mesmo tempo “de esquerda”, de oposição ao governo Bolsonaro e onde não impere o caciquismo. “De esquerda” e de oposição a Bolsonaro, sem problema.
Agora, encontrar partido sem “cacique” e sem “dono”, só se for no Paraguai ou na Argentina que têm partidos centenários. No Brasil, fora de cogitação. Além disso, deve ir se preparando para comprar nova briga com Siqueira, que promete ir à Justiça pedir o mandato de volta se a troca de partido consumar-se.