Opinião – E se Eduardo Campos estivesse vivo? – por Herlon Cavalcanti*

Mário Flávio - 22.10.2014 às 12:02h

Chegamos à reta final das eleições 2014. Em alguns estados já foram decididos seus governantes, em outros a disputa está cada vez mais acirrada, é esperar pra ver. Mais sem duvida no campo Nacional, rumo ao Palácio do Planalto para os próximos quatro anos a disputa nunca foi tão acirrada, indefinida, complicada. Os dois candidatos Dilma Rousseff do PT e Aécio Neves do PSDB aparecem pelos índices de pesquisas numericamente empatados. Uma disputa entre os dois partidos que já duram 20 anos, ou seja, vamos entrar na casa dos 24 anos de hegemonia política dos dois grupos.

Devido a tantos fatos ocorridos nesse pleito eleitoral, um fato histórico relatado pelo jornalista Inaldo Sampaio me chamou atenção e por isso resolvi fazer uma reflexão através desse artigo. É a primeira vez em 25 anos, desde 1989, ano da primeira eleição direta para a Presidência da Republica, após a ditadura militar que o PSB que formou a “Frente Brasil Popular” hora coordenado por Miguel Arraes e depois por Eduardo Campos em 1989, 1994, 1998, 2002 e 2010 que não estão como aliados do PT em uma disputa Nacional, mesmo em alguns estados essa aliança ainda continua aos trancos e barrancos.

Mais se o ex-governador Eduardo Campos estivesse vivo o que poderia está acontecendo de fato na política nesse segundo turno? Uma coisa é certa, sua ausência deixou os debates e os guias políticos mais pobres. Com Eduardo, iríamos assistir um candidato diferenciado com posturas firmes e propostas reais, e o Brasil de fato teria outra via de discussão. Talvez os resultados eleitorais não fossem satisfatórios para o PSB, mais o conteúdo e a nova proposta, essa sim seria vitoriosa para o Brasil.

Porem uma coisa não que calar! O que o cidadão Eduardo Campos faria como presidente nacional do PSB para o apoio no segundo turno, já que ele era muito amigo do ex-presidente Lula? Será que em nome da sua amizade o bom senso venceria esse jogo? Ou assistiríamos de fato o apoio ao candidato Aécio Neves do PSDB, já que nas eleições de Pernambuco os dois partidos estiveram lado a lado? Sei não! O próprio Eduardo em vida nunca falou sobre essa possibilidade de quem o apoiaria caso ele não chegasse ao segundo turno?

O que posso relatar de fato é que ausência de um novo grupo político na alternância do poder no Brasil em todos os campos faz toda a diferença para nós eleitores. Está na hora de pensarmos em novos vôos, novos fôlegos, que nos possibilite a pensar diferente, aceitar os avanços obtidos dos governos anteriores e tirarmos de fato o que for bom para o Brasil, e ai sim olharmos para o futuro em busca das bandeiras de lutas para a sociedade Brasileira.

O voto consciente é o passaporte da democracia.