A possibilidade de saque-aniversário vai permitir aos trabalhadores com carteira assinada sacar um percentual dos saldos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS. Porém há muitas dúvidas sobre as vantagens e desvantagens dessa possibilidade.
Ser ou não uma boa alternativa, vai depender da situação e contexto financeiro de cada indivíduo. E da sua educação financeira e conhecimento de investimentos para substituir o atual FGTS. Mas não é preciso ser especialista em finanças para tomar esta decisão.
Primeiro passo na decisão é avaliar a situação de segurança e estabilidade no emprego. Se o trabalhador analisa que há uma relativa estabilidade no seu atual emprego, o saque do FGTS pode ser vantajoso. Essa condição é mais favorável se este trabalhador já possui uma reserva financeira para emergências. Outra condição é analisar, caso demitido, se apenas os 40% de multa sobre o saldo do FGTS seria suficiente para o período de readaptação enquanto desempregado. Se for suficiente o saque torna-se ainda mais atrativo.
Por fim, vale analisar rentabilidade e liquidez. Com as novas regras o FGTS pode render nos próximos anos algo acima de 6% ao ano. Superior a poupança e outros investimentos de renda fixa. Porém, há diversos fundos de investimentos também em renda fixa com rentabilidade histórica entre 6,5% e 7,5% ao ano.
Além disso, o FGTS é uma espécie de investimento com baixa liquidez. Ou seja, caso precise dos recursos o trabalhador não pode retirar, a única opção seria em caso de demissão do trabalhador.
Enquanto fundos de investimento possuem liquidez excelente. Alguns fundos de renda fixa permitem resgatar os recursos no mesmo dia (D+0).
O melhor de todo esse questionamento é a oportunidade que os trabalhadores e famílias ganharam, em analisar alternativas. É um início de liberdade que vai acrescentar muito na educação financeira dos brasileiros.
“Ninguém gasta o dinheiro de outras pessoas tão cuidadosamente quanto gasta o seu próprio. Ninguém usa os recursos de outros tão zelosamente quanto usa os seus.”
- Milton Friedman, economista e ganhador do Prêmio Nobel de Economia.