Opinião – PSB quer qualidade e não mais inchação – por Inaldo Sampaio

Mário Flávio - 02.09.2019 às 09:55h

Ao decidir na última sexta-feira expulsar dos seus quadros o deputado Átila Lira (PI) e suspender por 1 ano de suas atividades outros 9 deputados que votaram a favor da reforma previdenciária, entre eles o pernambucano Felipe Carreras, afrontando decisão do partido, o PSB fez uma inflexão em direção ao passado. O partido sempre teve posições ortodoxas em relação a princípios, e por isso não crescia.

Não tinha como competir com o PT e o PCdoB no campo da esquerda, daí ter-se limitado a um partido acadêmico, quando muito com uma liderança de origem popular como Miguel Arraes em Pernambuco e Luíza Erundina em São Paulo. No entanto, depois que Eduardo Campos lançou-se candidato a presidente da República em 2014, o PSB passou a aceitar gato e cachorro em suas fileiras.

Fez vista grossa para a origem política dos que o procuraram, entre eles o atual governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, hoje filiado ao DEM, o ex-deputado Heráclito Fortes (PI) e o próprio Átila Lira. Agora, sob o comando de Carlos Siqueira, o PSB declara formalmente que não se interessa mais por “quantidade” e sim por “qualidade”, ainda que isso represente a perda de 10 dos seus 32 deputados federais.

Siqueira afirma que o PSB deixou de ser “a casa de mãe Joana”, ou seja, se alguém deseja fazer o que quer como filiado, deve procurar outro partido.