Partido Novo terá quatro candidatas no Recife

Mário Flávio - 19.08.2020 às 17:30h

De acordo com um ranking elaborado pela Inter-Parliamentary Union, em 2019, o Brasil ocupou o 133º lugar de 191 posições quando o assunto é representação feminina na política. No País, apenas 15% dos cargos são ocupados por mulheres.

Uma das siglas que mais apoia a entrada delas na política é o Novo. Só no Recife, serão quatro pré-candidatas para as eleições do fim do ano aos cargos de vereadora: Albânia Alves, Denayde Santana, Tati Salustiano e Zélia Moura.  

A sigla tem estimulado, em todo o País, a participação das mulheres na política, com realização de diretórios exclusivos para o gênero, por exemplo. Das quatro representantes do Novo, os perfis são dos mais variados. De jovem a aposentada, de estudante a açougueira. Mas todas com pensamentos de direita, e a favor de menos burocracia e privilégios. Para a Tatielly Salustiano, de apenas 23 anos, a participação feminina de uma forma geral ainda é mínima. Ela destaca que não adianta ter mais mulheres se candidatando e poucas serem eleitas.   

“As mulheres não podem mais se submeter a partidos que querem utilizá-las somente como ‘laranjas’ para completar cota e chapa. Se entrarmos no site da Justiça Eleitoral, percebemos que tivemos inúmeras candidatas que não tiveram nem seu próprio voto nas eleições de 2018 e é isso que precisamos mudar. Acho importantíssimo iniciativas como o LOLA (Ladies Of Liberty Aliance), que é uma rede de mulheres engajadas na política e que se propõe a unir e tornar o ambiente político mais receptivo para as mulheres. É um espaço de formação, diálogo e de muita pluralidade”, disse a pré-candidata, que é empreendedora e graduanda em Direito.  

A opinião é reforçada pela aposentada e também pré-candidata Zélia Moura (59 anos). Segundo ela, o preconceito ainda existe, pois as mulheres são subjugadas na sociedade, porém isso tem mudado nos últimos anos. 

“Ter mais representatividade das mulheres na política é algo muito positivo, pois considero que elas são mais engajadas na discussão cívica, são mais preocupadas e por isto tendem a dar soluções mais rápidas. Nosso partido estimula muito nesse sentido, de avançarmos cada vez mais”, destacou.  

Para a pré-candidata ao cargo de vereadora, Denayde Santana (38 anos), açougueira há 19 anos, por conta de as mulheres serem maioria na sociedade, elas deveriam ser ainda mais ativas nesse ramo político.   

“Entretanto, as que entram na vida política encaram como um objetivo desafiador e em geral fazem história de lutas com ideias bem específicas para contribuírem com a sociedade. Gostaria que mais mulheres tivessem interesse de adentrar na política, pois, somos capazes de contribuir muito mais na construção de uma sociedade mais justa e igualitária”, disse ela, formada em Direito e Teologia.  

A graduada em Sociologia e Gestão Imobiliária Albânia Alves, 52 anos, aponta que a união é fundamental para o sucesso. “Precisamos participar da política, se não como candidata, mas que seja ajudando outras a se elegerem. Que as mulheres possam encontrar uma outra que defenda as mesmas ideias e que fará jus ao seu empenho e dedicação em uma campanha eleitoral”.