
Do UOL
O relator-geral do orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), rebateu mais uma vez as críticas à PEC da Transição, da qual ele é um dos articuladores. A proposta prevê excepcionalizar os recursos do novo Bolsa Família do teto e abrir um espaço de R$ 105 bilhões no orçamento para saúde, educação e investimento público.
“[A PEC] Não é cheque em branco, não é farra de gastança. São ações que sem as quais o País não funciona”, disse o parlamentar. Para ele, o Orçamento enviado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) é “absolutamente inexequível”. “Estou preso com relação ao Orçamento da União porque fico na dependência da PEC”.
Castro voltou a dizer que o consenso da PEC deve ocorrer até terça-feira (29) e reconheceu que a presença do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Brasília esta semana ajudará nas negociações.
Ao comentar sobre valores e da forma como o mercado reage aos montantes em debate, Castro relembrou cálculos feitos pelo ex-ministro Nelson Barbosa de que não representaria uma expansão fiscal adicionar R$ 136 bilhões de gasto em 2023, mas que há cálculos alternativos mostrando que esse espaço poderia chegar a R$ 150 bilhões se for mantida a lógica de 19% do Produto Interno Bruto (PIB) destinado às despesas orçamentárias.