Do g1
A população de Pernambuco foi a quinta que mais empobreceu no país durante o período mais restritivo da pandemia da Covid-19. Segundo o “Mapa da Riqueza no Brasil“, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nessa segunda (13), a renda média da população pernambucana caiu 0,57% entre 2019 e 2020 – passando de R$ 688 para R$ 684.
O estudo traça um panorama da situação econômica das classes mais ricas do país com base nas declarações de Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) referentes ao primeiro ano da pandemia.
Entre os cinco estados nos quais a renda média da população mais caiu aparecem outros dois na Região Nordeste: Sergipe (-6,20%) e do Ceará (-1,24%) – que ficaram em 1º e 4º lugares, respectivamente.
São Paulo (-6,13%) e Roraima (-2,53%) completam as cinco primeiras colocações entre as unidades da Federação onde a renda média da população mais diminuiu. Além desses, apenas o Rio de Janeiro apresentou uma variação negativa, de 0,44%.
Nos outros 20 estados pesquisados e no Distrito Federal, a renda média cresceu no mesmo período.
A diminuição na renda no período foi verificada em todas as faixas, de modo geral, segundo a FGV.
A pesquisa mostra que, em Pernambuco, o empobrecimento das pessoas no primeiro ano de crise sanitária, atingiu tanto a população de baixa renda, como a classe média e os ricos.
Os declarantes do imposto de renda em Pernambuco (com renda mínima anual de R$ 28.559,70) sofreram, em média, uma perda de 3,17% na renda.
A disparidade também é grande entre os municípios e as regiões de desenvolvimento no estado.
Segundo o levantamento, as cinco cidades que tiveram as médias de renda mais altas foram:
- Recife (capital) – R$ 2.129
- Fernando de Noronha (distrito) – R$ 1.242
- Olinda (Grande Recife)- R$ 889
- Petrolina (Sertão) – R$ 783
- Garanhuns (Agreste) – R$ 704
Já os cinco municípios com os índices mais baixos foram:
- Santa Cruz da Baixa Verde (Sertão) – R$ 75
- Casinhas (Agreste) – R$ 70
- Santa Filomena (Sertão) – R$ 66
- Manari (Sertão) – R$ 63
- Salgadinho (Agreste) – R$ 56