Pesquisa PoderData aponta que a maioria dos brasileiros (53%) acha que a Lava Jato é importante no combate à corrupção e faz 1 “trabalho correto”. A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. Os dados foram coletados de 3 a 5 de agosto, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 512 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

A operação Lava Jato voltou ao noticiário nas últimas semanas por causa de 1 embate dentro do Ministério Público Federal.

Em 9 de julho, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, obrigou as forças-tarefas da operação Lava Jato em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro a compartilhar seus dados com a PGR (Procuradoria Geral da República).

O ministro atendeu a pedido do vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, feito depois de os procuradores de Curitiba (coordenados por Deltan Dallagnol), de SP e do Rio terem negado informações solicitadas pela procuradora Lindôra Araújo, braço direito do procurador-geral da República, Augusto Aras.

Para Toffoli, a negativa dos procuradores ao pedido de Lindôra configurou “evidente transgressão ao princípio constitucional da unidade do Ministério Público“.

Dias depois, em 3 de agosto, o ministro Edson Fachin revogou a decisão. O tema será decidido em definitivo pelo plenário do Supremo.

ESTRATIFICAÇÃO

Os mais jovens (de 16 a 24 anos) são os que mais acham que a Lava Jato faz 1 “trabalho correto”. Nessa faixa etária, 75% dizem ter essa avaliação.

Os que mais disseram que a operação foi importante, mas atualmente tem cometido abusos de autoridades são: os mais ricos, que ganham mais de 10 salários mínimos (46%); os que ganham até 2 salários mínimos (40%); e as mulheres (38%).

A proporção de entrevistados que não souberam responder também é maior do que a de outras perguntas feitas pelo PoderData. O Poder360 destaca os seguintes grupos:

• mulheres (25%);
• os que têm de 25 a 44 anos (20%);
• os que estudaram apenas até o ensino médio (19%);
• moradores das regiões Sudeste e Norte (22% em ambas);
• pessoas sem renda fixa (23%).