
A Polícia Federal em Pernambuco (PF) em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU) deflagrou nesta quarta-feira (30), uma operação para desarticular uma organização criminosa relacionada a uma empresa de laticínio de Pernambuco.
De acordo com a PF, os empresários estavam impossibilitados de terem suas empresas contratadas por não atenderem os requisitos legais. Ainda segundo a PF, esses empresários criaram uma cooperativa de fachada para uma contratação milionária com a Secretaria de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco, por meio do Programa Alimenta Brasil.
Além disso, a suposta organização criminosa teria desviado parte dos recursos destinados à cooperativa e incorporado esses valores desviados ao patrimônio dos seus integrantes após atos de lavagem de dinheiro.
Por meio de nota a PF informou que há indícios de desvio de verbas públicas e que em 2020 houve um prejuízo aproximado de R$ 8,5 milhões de reais. Os convênios em que teriam ocorrido essas fraudes totalizam R$ 192 milhões, dos quais cerca de R$ 153 milhões são de origem do governo federal.
Nas redes sociais, a governadora eleita Raquel Lyra (PSDB) se manifestou sobre as investigações e afirmou que vai reabrir a delegacia de combate à corrupção ainda no primeiro ano de governo.
“A Polícia Federal desencadeou mais uma operação para apurar desvios de corrupção na atual gestão. Isso tem que mudar. Meu compromisso é criar o Programa de Combate à Corrupção no primeiro ano de governo e reabrir a Delegacia de Combate à Corrupção”, publicou Raquel.

A operação teve o cumprimento de 36 mandados de Busca e Apreensão, nas cidades de Águas Belas, Gravatá, Garanhuns, Itaíba, Passira, Pesqueira, Recife, Olinda, Belo Jardim e Frei Miguelinho.
Os crimes investigados são de estelionato, peculato, organização criminosa, lavagem de dinheiro e crime contra saúde pública, cujas penas somadas ultrapassam 30 anos de reclusão.