Policiais Civis rejeitam proposta e anunciam paralisação de 24 horas; governo de Pernambuco emite nota e rebate Sinpol

Mário Flávio - 03.07.2024 às 10:11h

Policiais civis de Pernambuco decidiram, em assembleia realizada na noite desta terça-feira (2), rejeitar a proposta de reajuste salarial oferecida pelo Governo do Estado e anunciaram uma paralisação estadual de 24 horas, que teve início às 7h desta quarta-feira (3). Além da paralisação, a categoria também deliberou pela realização de uma nova “operação padrão”.

Segundo o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), a atual governadora Raquel Lyra, ainda em sua campanha, assinou um termo de compromisso prometendo reestruturar e valorizar os policiais. Contudo, a categoria afirma que as condições prometidas não foram cumpridas.

“Estamos sem estrutura, sem efetivo e com o pior salário do Brasil. Se não existe nenhum impedimento orçamentário, nenhum impedimento fiscal e ainda a segurança pública conta com investimentos bilionários, por que não contemplar os policiais civis? Diante dessa intransigência do governo, os policiais civis decidiram por uma nova paralisação de 24 horas e operação padrão. É inadmissível que uma das melhores polícias civis do país receba o pior salário e não tenha condições de trabalho,” declarou Áureo Cisneiros, presidente do Sinpol-PE.

Por meio de nota, o governo de Pernambuco rebateu o Sinpol:

O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Administração (SAD), firme no propósito de manter o diálogo, transparência e respeito com todas as categorias do funcionalismo público, informa que, na segunda-feira (1º) e terça feira (02) se reuniu com a Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (ADEPPE) e com o Sindicato dos Policiais Civis (SINPOL-PE), pelas sétima e nona vezes, respectivamente.

Coordenadas pela secretária de Administração, Ana Maraíza, as reuniões contaram com o corpo técnico da secretaria e com a presença de representantes das categorias, para debater as propostas de reajuste dos delegados e policiais civis, apresentadas tanto nas reuniões técnicas como nas reuniões específicas, pelo período de 2024 a 2026.

Nas propostas, há recomposição salarial para o quadriênio 2023/2026, de forma que nenhum servidor receberá ganhos inferiores à inflação no período, perfazendo em média, reajustes na ordem de 20%. A sugestão apresentada contempla todos os níveis de carreira dos servidores envolvidos, com reajustes lineares e adequação dos intervalos da Grade Salarial do Plano de Cargos, Carreiras e Subsídios (PCCS).