
Será possível aos homens se aperfeiçoarem, de fato, com o passar do tempo e com as experiências adquiridas? Em Diálogos sobre a natureza humana, o renomado filósofo e professor Luiz Felipe Pondé traz uma discussão complexa e, para alguns, talvez um tanto polêmica, ao colocar em xeque a ideia da natureza perfeita e imperfeita do ser humano.
Ao revisitar de maneira aprofundada o tema – anteriormente abordado por ele no livro O homem insuficiente –, o autor entrega conceitos importantes aplicados às vivências contemporâneas.
Mas o que são os conceitos de perfectibilidade e imperfectibilidade? Para pensadores como Jean-Jacques Rousseau, com os quais Pondé dialoga na obra, a perfectibilidade é a capacidade do ser humano de evoluir, não no sentido darwinista, mas de melhorar a sociedade por meio do desenvolvimento moral e intelectual do indivíduo.
Por outro lado, a imperfectibilidade, presente em muitas tradições religiosas, sugere que a humanidade é inerentemente imperfeita. O filósofo aprofunda o debate entre esses dois pensamentos distintos, desde a Grécia Antiga, passando pelo Cristianismo até o Iluminismo.