População que vive em favelas cresce e chega a 16,4 milhões, diz IBGE

Mário Flávio - 08.11.2024 às 11:48h

O Censo Demográfico 2022 encontrou 12.348 favelas e comunidades urbanas no Brasil, onde viviam 16.390.815 pessoas, o que equivalia a 8,1% da população do país. Em 2010, foram identificadas 6.329 favelas e comunidades urbanas, onde residiam 11.425.644 pessoas, ou 6% da população do país naquele ano.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (8). “Esse aumento pode ser explicado também pelo aperfeiçoamento tecnológico na operação censitária e um maior conhecimento do território, melhorando a captação das informações sobre essa população no período intercensitário. A comparação dos resultados entre os dois Censos, para as favelas e comunidades urbanas, deve considerar esse contexto e ser feita com cautela”, diz o IBGE em nota.

Entre as 12.348 favelas e comunidades urbanas do país, a Rocinha, no Rio de Janeiro (RJ), era a mais populosa, com 72.021 moradores, seguida por Sol Nascente, em Brasília (DF), com 70.908 habitantes; Paraisópolis, em São Paulo (SP), com 58.527 pessoas e Cidade de Deus/Alfredo Nascimento, em Manaus (AM), com 55.821 moradores.

Entre as vinte favelas e comunidades urbanas mais populosas do país, oito estavam na Região Norte, e seis delas, no município de Manaus (AM). Outras sete estavam no Sudeste, quatro no Nordeste e somente uma (Sol Nascente) no Centro-Oeste. A Região Sul não tinha nenhuma favela entre as 20 mais populosas do país.

As Unidades da Federação com as maiores proporções de sua população residindo em favelas e comunidades urbanas eram Amazonas (34,7%), Amapá (24,4%) e Pará (18,8%).