Presidenciáveis lamentam incêndio no Museu Nacional e culpam falta de gestão

Mário Flávio - 03.09.2018 às 15:04h

Por Clara Sasse

O incêndio no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, gerou mais críticas ao governo de Michel Temer (MDB). Presidenciáveis lamentaram o ocorrido e ressaltaram a falta de verba direcionada para cultura. O incêndio teve início por volta das sete horas da noite de domingo (2) e só foi controlado após mais de seis horas. O fogo atingiu mais de 20 milhões de itens do acervo.Em comentários nas redes sociais, todos os candidatos à presidência da República afirmaram que a destruição do Museu Nacional atinge “a história do povo brasileiro”.

O candidato do MDB, Henrique Meirelles, lembrou que, além do acervo cultural, o prédio foi onde “viveu a família imperial e foi sediada a primeira Assembleia Constituinte republicana” no Brasil. Geraldo Alckmin, do PSDB, prestou solidariedade a “todos os cidadãos brasileiros” pela perda do patrimônio.

Lá viveu a família imperial e foi sediada a primeira Assembleia Constituinte republicana. A história e a cultura são essenciais para compreender o presente e criar um futuro de progresso para o País.

— Henrique Meirelles (@meirelles) September 3, 2018

O incêndio de grandes proporções que atinge o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, agride a identidade nacional e entristece todo o país. Neste momento de profunda perda, quero me solidarizar não apenas com os cariocas, mas com todos os cidadãos brasileiros.

— Geraldo Alckmin (@geraldoalckmin) September 3, 2018

Marina Silva, da Rede, culpou o baixo orçamento destinado à manutenção do museu. Ela disse que “infelizmente, dado o estado de penúria financeira da UFRJ e das demais universidades públicas nos últimos três anos, esta era uma tragédia anunciada”. Com forte crítica ao atual governo, Guilherme Boulos, do PSOL, destinou a culpa aos “cortes criminosos de Temer”.

Infelizmente, dado o estado de penúria financeira da UFRJ e das demais universidades públicas nos últimos três anos, esta era uma tragédia anunciada.

— Marina Silva 18 (@MarinaSilva) September 3, 2018

Muito triste o incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro, atingindo 20 milhões de itens da nossa história. Os cortes criminosos de Temer em recursos da Cultura e em investimentos estão condenando nosso futuro e destruindo nosso passado.

— Guilherme Boulos 50 (@GuilhermeBoulos) September 3, 2018

Concorrente ao Planalto pelo Novo, João Amoêdo alegou que o incêndio é “resultado da falta de gestão e do abandono político” que acontece no Brasil. Fernando Haddad, do PT, recordou outros monumentos, como o Instituto Butantã e o Museu da Língua Portuguesa, que, segundo ele, já sofreram com o “descaso com o patrimônio histórico”.

É muito triste ver o nosso patrimônio histórico em chamas. Esse é o resultado da falta de gestão e do abandono político que vivemos no Rio de Janeiro e em todo o Brasil. Precisamos nos envolver na política para fazer a diferença e evitar situações lamentáveis como essa.

— João Amoêdo 30 (@joaoamoedonovo) September 3, 2018

Instituto Butantã, Museu da Língua Portuguesa, Escola de Artes e Ofícios, Museu do Ipiranga e, agora, o Museu Nacional. Lamentável o descaso com o patrimônio histórico.

— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) September 3, 2018

O candidato do Podemos, Álvaro Dias, destacou a importância dos itens que foram destruídos, mas não apontou nenhum culpado. Ciro Gomes, do PDT, reproduziu a iniciativa dos estudantes da Unirio para iniciar a reconstrução do museu. Os alunos de museologia pediram “a todos que possuem fotografias, vídeos e até selfies do acervo e espaços expositivos que compartilhem através de e-mail”.

Dois séculos de história e cultura, de descobertas científicas, uma coleção que englobava geologia, paleontologia, botânica, zoologia, antropologia biológica, arqueologia, toda uma riqueza que pertencia ao povo brasileiro, e que agora está deixando de existir. pic.twitter.com/HMjQQXMzxq

— Alvaro Dias (@alvarodias_) September 3, 2018

Vamos ajudar a atenuar esta tragédia que o desgoverno no Brasil permitiu acontecer contra nosso mais caro patrimônio histórico. https://t.co/f2Y8pL0K59

— Ciro Gomes (@cirogomes) September 3, 2018