Uma forte tensão tomou conta do Equador depois que o chefe da principal quadrilha equatoriana fugiu da cadeia no domingo, provocando várias rebeliões com guardas feitos reféns.
Tentando reagir, o presidente decretou Estado de Exceção por 60 dias, momento em que as Forças Armadas apoiam a polícia nas ruas, além de serem instauradas algumas restrições aos cidadãos — como toque de recolher depois das 23h e suspensão do direito de reunião.
No entanto, a situação ficou longe de ser controlada e o que se viu na sequência foi um aumento generalizado da violência. Facções se juntaram para atacar delegacias, comércios e comunidades. Nos primeiros dias da semana, comércios fecharam, explosões e ameaças foram relatadas, um hospital foi atacado e as aulas foram todas canceladas em escolas e universidades.
O ataque mais assustador foi feito a uma emissora de TV. Enquanto um jornal era transmitido ao vivo, criminosos armados até os dentes invadiram o estúdio e fizeram os funcionários reféns. Os bandidos não deixaram que a transmissão fosse interrompida e, por alguns minutos, a TC Televisión — espécie de Globo de lá — transmitiu criminosos exibindo armas pesadas, granadas e funcionários deitados no chão do estúdio. Eles faziam demandas ao presidente até que a polícia conseguiu tomar a emissora e prender as 13 pessoas envolvidas na invasão.
Nenhum trabalhador da TV ficou gravemente ferido. O Equador se encontra em estado de “conflito armado interno”, onde 22 facções criminosas passaram a ser identificadas como “terroristas” e as Forças Armadas têm autorização para matar os alvos.
O último estado de exceção tinha sido decretado no ano passado, quando um candidato a presidente foi morto a tiros por uma facção. Em 2021, a mesma medida foi tomada por causa do aumento de narcotraficantes. As informações são do The News.
