Na entrevista desta quinta-feira (19) no programa Cidade Entrevista o professor Marco Aurélio Freire recebeu a deputada estadual Priscila Krause (DEM). Ela iniciou a entrevista explicando que o mandato é pautado pela ideia de fiscalização e transparência. E que por isso identificou uma série de irregularidades na prefeitura do Recife, durante a gestão do então prefeito Geraldo Júlio (PSB), hoje Secretário Estadual e virtual pré-candidato da Frente Popular à sucessão de Paulo Câmara.
Quanto à avaliação do governo de João Campos, ela considera que é de absoluta continuidade com relação a Geraldo Júlio em todos os aspectos. Foi bastante enfática dizendo que ele faz uma excelente maquiagem, um faz de conta na Administração. Também falou dos planos políticos: disse que está neste momento engajada no mandato de deputada, mas que se sente honrada com a lembrança sobre seu nome para o Senado.
Colocou que está focada em ajudar os parceiros políticos, tal como Raquel Lyra, e respondendo sobre as últimas pesquisas pontuou que o fato de duas mulheres (a própria Raquel Lyra e Marília Arraes) estarem nas primeiras posições é fruto de mudanças no papel que as mulheres têm desempenhado na política pernambucana e nacional. Portanto não é surpresa para ela esse resultado e considera que Raquel tem uma vantagem por não ter se colocado, diferentemente de outros candidatos, claramente como pré-candidata.
Marília por sua vez têm o recall da última eleição no Recife e Geraldo Júlio está sendo “guardado” pelo PSB para ser apresentado mais adiante como forma de poupá-lo de explicações que segundo ela, ele deve à população. Sobre o presidente Jair Bolsonaro e seu governo, disse que esperava uma redução da polarização e uma maior convergência, mas isso não ocorreu. Para ela, o antipetismo ajudou em sua eleição e deixou claro que sua opção de primeiro turno não foi ele e sim Geraldo Alckmin.
Em seu entendimento vê acertos em muitas políticas do Presidente, mas vê falhas na condução da pandemia, no tensionamento político da polarização e que Bolsonaro perdeu a mão na sua forma de fazer política. Considera que não precisa o povo ficar com apenas duas alternativas e por isso defende a candidatura de Mandetta, ex-ministro da Saúde.
Priscila demonstrou forte posicionamento anti-PSB e anti-PT ao mesmo tempo. Por isso, para a deputada, o país (e o estado também) não pode permitir que o PT volte ao poder, mesmo usando a justificativa das políticas sociais pois para ela o PT já mostrou a que veio e foi o caminho de montar um esquema de corrupção entranhado no poder público.