Do G1 Caruaru
A promotora Sílvia Amélia disse ao G1 nesta segunda-feira (31) que é contraditória a medida tomada pela prefeitura de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, de descontar dos salários dos professores grevistas os dias não trabalhados. “A decisão é contraditória porque quando a greve terminar os profissionais serão obrigados a repor os conteúdos. Sendo assim, terão que receber novamente o que foi descontado”, disse.
Ainda segundo a promotora, uma reunião será marcada com o novo secretário de Educação, Antônio Fernando, para tratar sobre a paralisação que começou no dia 24 de fevereiro. O encontro ainda não tem data prevista para ocorrer.
De acordo com a secretaria de Comunicação do município, “a decisão de cortar o ponto dos professores faltosos se deu após o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) considerar o movimento ilegal”. Ainda segundo a secretaria, “a prefeitura está concluindo o edital para contratação de professores substitutos para que as aulas sejam completamente normalizadas”.
Sobre a medida adotada pela prefeitura de descontar o valor proporcional aos dias não trabalhados, o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Caruaru (Sismuc), Eduardo Mendonça, disse que considera a decisão um desrespeito a categoria. “O juiz decidiu que a greve era ilegal, mas não mandou descontar nada dos salários dos professores. Quero dizer também, que além de descontar os dias não trabalhados, o executivo suspendeu o repasse da contribuição associativa”, disse.
O presidente informou ainda que nesta segunda-feira deve protocolar um recurso no TJPE contestando a decisão do desembargador sobre o pagamento de multa. Uma assembleia entre os professores também está sendo realizada em Caruaru.