PSB dividido entre independência e oposição a Dilma

Mário Flávio - 31.10.2014 às 10:02h

A eleição terminou, mas as sequelas entre PT e PSB não foram sanadas. Os socialistas já afirmam que não voltam de imediato para a base do governo Dilma. Pelo menos esse é o indicativo do novo presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira. Em entrevista ao Jornal O Globo, ele garantiu que a legenda também não fica na oposição, apesar de ter subido no palanque do tucano Aécio Neves no segundo turno da eleição desse ano. A decisão

O martelo será batido numa reunião da Executiva que será realizada em novembro. “Estamos na linha do diálogo: o que for do interesse do país e estiver de acordo com nossos princípios programáticos, nenhum governo terá dificuldade conosco. Não temos uma oposição radical e sistemática, temos a nossa independência. Não temos interesse em tensionar a relação com o governo. Nós fomos colocados na oposição pela escolha do eleitor e sabemos respeitar isso. E também não queremos ser confundidos com uma oposição de direita”, afirma Siqueira.

Apesar da posição de Siqueira, Beto Albuquerque, que esteve em Belo Horizonte para acompanhar a apuração com Aécio, tentará levar o PSB de uma vez para a oposição. O deputado disse que agora é hora de viver o luto e curar as feridas para reorganizar a oposição.

“Temos que viver o luto e depois articular esse capital enorme de 50 milhões de brasileiros que não querem o PT. Minha maior luta será manter o PSB na oposição, com três governadores dependendo do governo”, disse Beto, que tem também cargo na Executiva do partido.