A Executiva Nacional do PSDB decidiu nesta terça-feira (29) convocar um encontro nacional em junho para oficializar a fusão com o Podemos. A decisão foi tomada após reunião da cúpula tucana, que aprovou por unanimidade a proposta de unificação das duas siglas.
A fusão entre PSDB e Podemos visa fortalecer a presença política das legendas, especialmente após os resultados das eleições municipais de 2024, nas quais o PSDB não elegeu prefeitos em nenhuma capital brasileira pela primeira vez desde 1988. Além disso, o partido perdeu representatividade em estados como Pernambuco, após a desfiliação da governadora Raquel Lyra, que migrou para o PSD em março de 2025.
A união entre as duas legendas busca consolidar uma alternativa de centro-direita no cenário político nacional, visando as eleições de 2026. A expectativa é que a nova sigla mantenha o número 45 e adote um novo nome e identidade visual, que serão definidos durante o encontro nacional previsto para junho.
Com a fusão, o novo partido contará com uma bancada de 18 deputados federais e três senadores, além de governadores como Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul). A união também visa ampliar a presença nas assembleias legislativas e câmaras municipais em todo o país.
A decisão de fusão ocorre em meio a um cenário de reconfiguração partidária no Brasil, com outras legendas também buscando alianças e incorporações para fortalecer suas bases e ampliar sua representatividade.
O encontro nacional do PSDB em junho será determinante para oficializar a fusão e definir os próximos passos da nova sigla no cenário político brasileiro.
