Queimadas: Marina criticava Bolsonaro e agora culpa “criminosos”

Mário Flávio - 21.09.2024 às 09:58h

Recentemente, a atual ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, tem sido alvo de críticas e discussões acaloradas sobre sua abordagem em relação às queimadas no Brasil. Durante a campanha eleitoral de 2022, Marina não hesitou em apontar as falhas do governo Bolsonaro no combate a incêndios florestais, enfatizando como as políticas do ex-presidente contribuíram para o aumento das queimadas na Amazônia e em outras regiões do país.

Na época, ela destacou que a falta de fiscalização e o desmantelamento de órgãos ambientais eram responsáveis por um cenário alarmante de destruição. Com a promessa de um futuro mais sustentável, Marina se comprometeu a reverter o quadro crítico, propondo um combate rigoroso aos crimes ambientais e defendendo a importância de preservar nossos biomas.

No entanto, após meses de sua gestão, a realidade das queimadas persiste e, em algumas regiões, até se agravou. Em resposta a essa situação, Marina atribuiu a responsabilidade por esses incêndios a “criminosos”, enfatizando a necessidade de combater as ações ilegais que promovem a devastação. Essa declaração gerou um debate intenso sobre a eficácia das estratégias adotadas pelo governo e a responsabilidade compartilhada no enfrentamento do problema.

As contradições entre o discurso e a prática são evidentes. Se, por um lado, é fundamental responsabilizar aqueles que atuam de maneira criminosa, por outro, é preciso refletir sobre as políticas públicas e o investimento em fiscalização e prevenção de queimadas. O desafio do Ministério do Meio Ambiente vai além de atribuir culpas; ele requer uma abordagem holística que envolva a sociedade civil, as comunidades locais e o fortalecimento das instituições.

O que se espera da atual gestão é que, ao invés de apenas apontar dedos, haja uma ação concreta e colaborativa para enfrentar as queimadas, protegendo o meio ambiente e garantindo um futuro mais sustentável para todos. O Brasil precisa de políticas que não só proíbam e punam, mas que também eduquem e envolvam a população na proteção de seus recursos naturais.