A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), tomou uma atitude direta para conter uma crise que se desenhava na relação com a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Deixando o Palácio do Campo das Princesas, Raquel foi pessoalmente até a residência do presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB), em busca de uma solução para o impasse.
Em um gesto de boa vontade, Raquel prometeu encontrar um caminho para resolver a situação que poderia se transformar em um confronto institucional. O movimento veio em um momento delicado, marcado pela decisão do presidente da Alepe de virar a página dos dois primeiros anos e adotar uma postura mais firme na relação com o Executivo.
Apesar de a Alepe ter “poder” para enquadrar a governadora em até mesmo um crime de responsabilidade, Álvaro Porto optou por uma abordagem moderada, solicitando apenas um pedido de informações ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). Esse gesto foi interpretado como uma maneira de evitar a escalada do conflito, em respeito às instituições e à estabilidade política.
A ida ao TCE é vista como uma manobra para ganhar tempo. Na prática, Raquel Lyra terá mais 30 dias para apresentar soluções e evitar que o abacaxi institucional se transforme em uma crise irreversível. Resta agora acompanhar como o Executivo irá se movimentar para equilibrar sua relação com o Legislativo e superar mais esse desafio.
