
A governadora Raquel Lyra e sua vice Priscila sabem muito bem os desafios enfrentados pelas mulheres para chegarem a cargos historicamente ocupados por homens. Elas são as primeiras mulheres a governarem o estado de Pernambuco, abrindo espaço e esperança para outras conseguirem galgar cargos importantes, predominantemente ocupados por homens.
Nesse final de ano, a governadora terá a maior oportunidade do seu governo de concretizar o seu discurso de empoderamento feminino, uma de suas principais bandeiras política, nomeando duas mulheres para os cargos de desembargadoras do TUPE, nas vagas do quinto constitucional do MP e da OAB.
No caso do MP, a lista sêxtupla foi votada pelo órgão e encaminhada ao Tribunal, sendo formada por 4 promotoras e 2 promotores de justica, numa demonstração de que o Ministério Público defende e espera que a sua vaga do quinto para o Tribunal seja preenchida por uma mulher. No dia 18 de novembro, dia marcado para eleição da lista tríplice pelo TIPE, no mínimo 1 mulher figurará na lista votada pelos desembargadores, podendo também ser definida uma lista com 3 mulheres, cuja escolha para vaga caberá na sequência à governadora.
Já em relação a OAB, nesse mesmo dia 18, ocorrerá a eleição no órgão para formação da lista sêxtupla a ser enviada ao Tribunal. Pela nova legislação vigente, obrigatoriamente, a metade dessa lista, ou seja 3 vagas, deverá ser composta pelas 3 advogadas mais votadas. Portanto, também é grande a chance de ir uma ou mais mulheres na lista tríplice posteriormente formada pelo tribunal e encaminhada à governadora.
Atualmente, de um total de 56 magistrados no TUPE, apenas 4 são mulheres, e até o ano passado apenas 1 mulher ocupava o cargo.