
A relação entre o governo Lula e a bancada evangélica, que já não era das melhores, parece ter ficado ainda pior. Isso porque a Receita acabou com uma isenção fiscal em salários e remunerações pagas pelas igrejas aos pastores. As informações são do The News.
Essa medida foi concedida por Bolsonaro antes das eleições de 2022. Na prática, agora com o fim da desoneração, as igrejas vão pagar mais impostos. O que está por trás disso: O fim da isenção tributária faz o governo arrecadar mais dinheiro — uma das principais metas de Lula neste ano para atingir o déficit zero no Orçamento.
A reação foi imediata, e a bancada evangélica no Congresso acusa Lula de fake news e perseguição contra os religiosos. Um dos líderes na Câmara chegou a acusar o governo de “sacerdofobia” e “igrejofobia”.
Isso no momento em que o presidente buscava se aproximar dos evangélicos — grupo que, nos últimos anos, sempre teve resistências ao PT. Embora ainda não exista um cálculo sobre o quanto de dinheiro a mais o governo vai arrecadar, nos bastidores de Brasília já se fala que o custo político vai pesar para Lula.
São pelo menos 210 deputados e 26 senadores que fazem parte da bancada evangélica no Congresso. Isso dá 40% da Câmara e 32% do Senado — uma quantidade de votos fundamental para o governo aprovar seus projetos.