Por Weverton Pierry

Em visita na manhã de hoje ao terreno da nova feira da sulanca, o Ministério Público de Pernambuco fez uma vistoria nas condições atuais do local e pode constatar que houve desmatamento. A promotora Gilka Miranda relata como foi o encontrado o terreno: “De fato foi encontrado desmatamento e uma abertura de via, com buracos grandes no local, dando a entender que seria para realização de um empreendimento, isso sem ter uma autorização adequada do órgão ambiental” , disse.

De acordo com o fiscal ambiental da CPRH, Iran Vasconcelos, o desmatamento foi feito sem autorização. “Houve realmente desmatamento da área da vegetação nativa, contrariando a determinação da lei estadual. A prefeitura hoje tem a autonomia de fazer o licenciamento no município, porém os trâmites não foram tomados de maneira correta como deve ser feita”, afirmou.

O secretário de Projetos Especiais da prefeitura de Caruaru, Paulo Cassundé, discorda do posicionamento da promotoria e da CPRH e ainda explica o que será feito a partir de agora. “A limpeza do terreno houve, nós discordamos as datas, as quantidades e os critérios que estão sendo colocados para justificar o embargo do terreno. No direito tudo é contraditório. Nós já temos um ação feita pelo denunciante, onde ele já perdeu por duas instâncias. Ele recorreu e está no tribunal justamente por conta disso aqui, então na realidade o que nós temos é a consciência tranquila que estamos fazendo um trabalho correto, se houve erros não foram nossos, pois estamos trabalhando dentro do que a lei preconiza”, conclui.

Uma nova audiência será realizada na sede do Ministério Público nessa terça-feira (30), a partir de 11h30, na qual serão analisados os documentos entregues pela prefeitura e a decisão final sobre o embargo do terreno.