NOTA OFICIAL
Fiquei preocupado com as declarações do atual Secretário da Fazenda, Sr. Décio Padilha. No momento em que o Brasil inteiro precisa fazer um ajuste fiscal, ele sinaliza que a marca do futuro governo de Pernambuco será a do endividamento do Estado.
Em 2010 a dívida líquida de Pernambuco era 4,76 bilhões. Agora, este valor está em 8,79 bilhões. Em quatro anos Pernambuco cresceu sua dívida em 90%, mesmo considerando que o nosso Estado teve um dos maiores crescimentos do PIB neste período.
O Secretário sinaliza que vai se espelhar no endividamento de São Paulo, que é de 130% de sua receita corrente líquida e do Rio Grande do Sul, que é de 204,7% de sua RCL, com o argumento de que é importante endividar o Estado porque os juros dos empréstimos são baixos.
O nosso Estado tem hoje um endividamento de 49%, mas é preciso que fique claro para o povo de Pernambuco que, se o atual governo tivesse priorizado o ajuste fiscal estaríamos com um comprometimento bem menor.
Diferente do Secretário proponho que o futuro governador estabeleça como meta, o ajuste fiscal em nosso Estado. Não é possível que um governo que se autointitula modelo de gestão no país não perceba que a hora é de economizar, jamais endividar o nosso Estado.
Estou preocupado porque daqui a pouco até FEM, que foi idealizado pelo então Secretário e futuro Governador, Sr. Paulo Câmara, seja repassado às prefeituras com recursos oriundos de empréstimos.
Nós precisamos resgatar a capacidade de investimento de Pernambuco. Não é possível que o Estado esteja atrasando pagamentos dos seus fornecedores. Será que o Estado também vai pedir dinheiro emprestado para pagar fornecedor?
Como Deputado Estadual, estou encaminhando um pedido de informação ao Governo do Estado para conhecer a real situação financeira de Pernambuco.