No Programa Cidade Entrevista desta quarta-feira (11) a deputada estadual Teresa Leitão debateu sobre o cenário político do estado e o papel do PT para as próximas eleições. Começou a entrevista confirmando a vinda do ex-presidente Lula neste próximo domingo a Pernambuco. Segundo ela, Lula vem para fazer articulações com forças políticas (almoçará com o governado Paulo Câmara) e também encontrará correligionários.

A deputada explicou que o partido está se organizando no plano nacional e estadual para as próximas eleições e também confirmou sua pretensão de disputar uma vaga na Câmara Federal após 5 mandatos na Assembleia. Para ela o PT tem condições de manter seus atuais deputados federais (Marília Arraes e Carlos Veras) e inclusive ampliar sua participação no Congresso.

Perguntada sobre a posição partidária na Assembleia com relação ao governo estadual disse que a bancada se coloca como independente, similar ao PSOL. Não estão na oposição porque são partidos que compõem a base do governo Bolsonaro e não são situação desde o segundo turno do Recife, onde Marília Arraes perdeu para João Campos numa disputa que deixou sequelas nas relações entre o PSB e o PT.

Com isso, aproveitou para posicionar o PT como um importante ator para 2022 e disse que embora Lula venha conversar com o governo estadual, não quer dizer que haverá aliança automática. Inclusive explicitou que o PSB precisará fazer mais do que em 2018, pois a aliança nacional foi informal e por isso não houve aproveitamento de tempo de TV e nem de palanques em vários estados.

Em relação aos prefeitos de oposição que podem ser candidatos, destacou deles a juventude, mas preferiu não tecer nenhuma avaliação. Deixou claro que para ela o diálogo com a oposição liberal é muito importante e que tem dificuldades apenas com os deputados bolsonaristas, com relação às posições políticas.

Por fim, acredita que o antipetismo reduzirá em 2022. Primeiro porque considera que o auge foi em 2016 e só se estendeu em 2018 por causa do que chamou de campanha de fakenews do presidente. Segundo porque a população fará uma comparação entre os governos petistas e o governo atual e acredita que neste campo a vantagem seria de seu partido.