Terezinha: “O Bolsa Família virou um poder paralelo na eleição”

Mário Flávio - 09.12.2014 às 16:38h

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A deputada Terezinha Nunes (PSDB) disse nesta terça-feira (9),em pronunciamento na Assembleia Legislativa, que o Programa Bolsa Família “virou um poder paralelo no Nordeste que foge, no caso da eleição presidencial, à influência de governadores e prefeitos, mesmo os mais populares”. Segundo ela, a reeleição da presidente Dilma mostrou isso de forma mais clara,”as pessoas votaram sem se importar com o que recomendaram os líderes políticos locais e, nos municípios com menos de 20 mil habitantes, onde o Bolsa Família chega a pagar por mês de benefício mais que o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) – única renda que as Prefeituras possuem – não houve campanha clara nem para Dilma, porque não era necessário, e nem para Aécio, porque os prefeitos tinham receio de se confrontar com as pessoas que juravam que o benefício acabaria se o PSDB vencesse a eleição”.

Segundo a deputada, o PT faz na campanha eleitoral a política do terror dizendo aos beneficiários que só ele garante a bolsa e as pessoas votaram como gado que vai para o matadouro sem olhar nem para o lado, seguindo fielmente a ordem que vem de Brasília. Acrescentou que este ano “houve uma exceção para confirmar a regra no primeiro turno quando Marina teve 48% dos votos de Pernambuco, superando Dilma, mas o povo votou muito mais em homenagem ao ex-governador Eduardo Campos morto tragicamente. No segundo turno, apesar do empenho do PSB pernambucano, que abraçou e assumiu a campanha de Aécio, o percentual do PT voltou ao nível de outras eleições presidenciais com Dilma recebendo 70% dos votos pernambucanos”.

A deputada defendeu a adoção do Bolsa Família até que a extrema pobreza seja debelada mas afirmou que só a sua transformação em lei vai convencer as pessoas de que o programa continuará, independente de ameaças de épocas eleitorais.

Terezinha mostrou que mais de 50% dos beneficiários do programa estão no Nordeste, sendo o Maranhão o estado da região que mais depende do benefício, com 57,7% da população, seguido pelo Piauí, 57,4%, Paraíba 53,9%, Alagoas, 53,2%, Sergipe 50,75%, Ceará 49,9%, Pernambuco 49,8%, Bahia 48,9% e Rio Grande do Norte 42,8%.