Termina a era Lícius/Rogério Meneses na Câmara de Caruaru

Mário Flávio - 29.12.2012 às 08:55h

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Uma Legislatura que já entrou para a história de Caruaru. Assim podem ser definidas os mandatos de Rogério Meneses (PT) e Lícius Cavalcanti (PCdoB) a frente da presidência da Câmara de Caruaru entre os anos de 2009 a 2012. Políticos polêmicos que deram cada um a sua maneira contribuição para a política local.

Agradaram a uns e causaram ojeriza a outros. Meneses foi indicado pelo núcleo duro do governo de Zé Queiroz (PDT) para ser presidente em 2009. Pegou a presidéncia num momento delicado após as gestões de Neguinho Teixeira e Gilvan Reis. Com linha dura colocou ordem na casa, criou um departamento de comunicação e uma obsessão por economia. Devolveu um milhão de reais a prefeitura e colheu os frutos disso.

Foi alvo de reportagem nos principais jornais do Pais e ganhou destaque por fazer vários discursos em versos. O pavio curto acabou atrapalhando a carreira. A contragosto dos lideres da Frente Popular se candidatou a deputado estadual e obteve mais de 12 mil votos. Atuou várias vezes como lider do governo na Câmara e travou embates com o ex-prefeito Tony Gel (DEM). Mas por divergências com o prefeito Zé Queiroz sobre o dinheiro devolvido para a prefeitura e na questão de indenizações aos servidores da Casa, iniciou um desgaste com o chefe do Executivo.

O rompimento culminou com a eleição de Lícius Cavalcanti para presidir a Mesa Diretora. Rogério não aceitou a decisão do Executivo e votou em Lícius. Diferente do violeiro, Lícius sempre foi contra em devolver recursos para a prefeitura. Passou a investir na Casa, com aquisição de bens, veiculos, e modernização. Promoveu junto a Comissão de Leis da Casa a participação popular na Comissão de Leis e trouxe o povo para a Casa Jornalista José Carlos Florêncio.

No entanto, diferente de Rogério desmanchou a comunicação e apostou no improviso. Ao fim da gestão, o comunista entrega o prédio da Casa totalmente reformado. Além de construir novos gabinetes para adaptar o Legislativo para 23 ao invés dos 15 edis, ele trocou piso, montou sistema de monitoramento e mandou fazer estátuas em homenagem a pessoas ilustres, tornando o local em mais uma atração turística de Caruaru.

Mesmo com atuações destacadas ambos irão começar 2012 sem mandato. Se acertaram ou erraram nos últimos quatro anos o tempo ira dizer, mas uma situação é certa, independente de agradar ou não, ambos farão falta na próxima legislatura.