Tratamento pós-Covid é de fundamental importância, avalia Silano Barros

Mário Flávio - 06.08.2021 às 08:23h

Na entrevista desta quinta-feira (05) o professor Marco Aurélio Freire recebeu a presença do presidente Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Silano Barros. Na entrevista foi tratado um tema que precisa estar em evidência por causa da pandemia. A síndrome pós-Covid é algo que tem chamado a atenção de pesquisadores, profissionais de saúde e pessoas em geral.

Silano Barros num primeiro momento explicou a abrangência territorial do CREFITO 1, que atua no Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Além disso, esclareceu que o Conselho fiscaliza e funciona como tribunal de ética das duas profissões. Outro ponto é que Fisioterapia e Terapia Ocupacional são profissões da saúde, mas não são iguais. Cada uma tem sua atividade e importância no contexto da saúde dos pacientes e são requisitados para situações específicas, a depender do tratamento e necessidades das pessoas.

Sobre a pós-Covid Silano chamou a atenção para a questão das sequelas. Segundo ele, há duas situações básicas: os pacientes leves (que tiveram covid leve ou até assintomáticos) que muitas vezes apresentam sequelas do tipo respiratórios, neurológicas, cardíacas, visual, queda de cabelo entre outras. Para muitos desses quadros é muito importante a avaliação profissional e muitas vezes tanto a fisioterapia quanto a terapia ocupacional, podem ajudar no tratamento e acompanhamento das pessoas acometidas pela síndrome.

Os pacientes mais críticos por terem estado nas UTIS (e não apenas por Covid) fundamentalmente, precisam de acompanhamento profissional para recuperação motora, respiratória e neurológica. Esse tratamento costuma ser mais intenso pela situação do paciente.

Quanto a questão do Poder Público, Silano elencou que a terapia ocupacional deve ser exercida por profissionais habilitados e muitas vezes o poder público deixa a desejar na contratação desses profissionais.

Perguntado pela formação educacional, Silano foi bem enfático em alguns pontos: falou que os cursos de Fisioterapia proliferaram nos últimos anos e muitos deles são totalmente a distância e muitas vezes deixam a desejar na qualidade. Quanto à terapia ocupacional, não houve tal aumento e neste caso o país precisa de mais profissionais e há pouca oferta no mercado. Por isso, a vigilância do Conselho é permanente inclusive para discutir a formação destes profissionais.