O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está fazendo uma auditoria em contas de 27 dos 30 partidos existentes no país, entre 2000 e 2009. De acordo com o TSE, só três legendas – PSD, PPL e PEN – não entraram no rastreamento porque foram criados a partir de 2011. Nos últimos anos, as denúncias de uso irregular dos recursos do Fundo Partidário estão se intensificando – e indícios de um desvio de R$ 20 milhões do fundo, pelo Partido Progressista (PP), com a suspeita de participação de pelo menos dois ex-funcionários do tribunal, levaram a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, a determinar rastreamento nas prestações de todos os partidos. Só em 2012, o rateio do fundo será de aproximadamente R$ 250 milhões.
Segundo investigações da Receita Federal e da Polícia Federal, o PP teria apresentado notas frias (notas fiscais com números em sequência), entre outras irregularidades, para tentar comprovar gastos do fundo. Embora os erros tenham sido detectados inicialmente por técnicos do TSE, com parecer pela desaprovação das contas do PP, entre 2000 e 2005, um outro funcionário alterou o parecer, recomendando a aprovação à Corte. Normalmente, os ministros julgam as contas com base no parecer técnico e, no caso do PP, as contas foram aprovadas.