Venezuela fecha fronteiras, barra inspetores e aumentam tensão na véspera da eleição

Mário Flávio - 27.07.2024 às 08:06h

Na véspera da eleição presidencial venezuelana, o governo do ditador Nicolás Maduro tomou medidas drásticas ao fechar as fronteiras terrestres do país e bloquear a entrada de um avião que transportava ex-presidentes do Panamá e do México, além de outros antigos chefes de Estado.

Essa ação, anunciada nesta sexta-feira (26.jul.2024), elevou ainda mais as tensões na região, especialmente com o Brasil e outros países que já haviam manifestado preocupações sobre a integridade do processo eleitoral na Venezuela.

O ministro das Relações Exteriores do Panamá, Javier Martínez Acha, reagiu imediatamente, convocando a missão diplomática venezuelana para esclarecimentos. Em sua fala a jornalistas, Acha afirmou que o “governo venezuelano bloqueou o espaço aéreo para a Copa Airlines, retendo um avião da companhia e impedindo a decolagem de outro voo”.

A situação se agrava ainda mais considerando que o governo Maduro já havia sido criticado pela exclusão de candidatos da oposição, como María Corina Machado. As tensões atingiram um novo pico após declarações de Maduro durante um comício, onde ele alertou sobre um possível “banho de sangue” e “guerra civil” caso não fosse reeleito.

Por outro lado, pesquisas indicavam Edmundo González Urrutia, candidato de consenso da oposição pela Plataforma Unitária Democrática (centro), como o favorito. A expectativa é de um cenário eleitoral tenso e imprevisível, com a comunidade internacional observando de perto os desdobramentos na Venezuela.