Os vereadores caruaruenses mal estavam sabendo da idealização do protesto contra a proposta de reajuste dos subsídios para prefeito, vice, secretários e parlamentares. A ideia da mobilização surgiu no Facebook, em um grupo chamado “Somos contra o aumento do salário dos políticos e secretários”, que atualmente conta com 991 membros. Das redes sociais, as críticas resultaram no agendamento de uma manifestação durante a sessão ordinária nesta terça (04), a ser realizada na ACACCIL, enquanto não termina a reforma da sede da Câmara. O protesto deve ter concentração a partir das 19h, no marco zero da cidade. Isso embora a própria Comissão de Legislação e Redação de Leis não tenha analisado o projeto hoje pela manhã, o que significa que o documento não será apresentado em plenária.
No contexto
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Durante o dia, os preparativos para a manifestação continuaram sendo feitos e envolvem desde estudantes universitários a políticos. Para um dos membros da comissão, Bruno Lambreta (PSD), o protesto é um direito democrático. “Vivemos em uma democracia, não há problema nisso. Nós estamos fazendo ajustes no projeto e vamos decidir como ele será apresentado, adequadamente, na Câmara, mas quem está organizando esse protesto tem o direito de se manifestar”, explicou.
Já o vereador Leonardo Chaves (PSD), que também estava na reunião da comissão pela manhã, defendeu que os vereadores apenas estão se adequando à constituição federal, no que se referem à revisão da margem de subsídio para os parlamentares. “Essas manifestações são válidas, mas estamos respeitando a constituição federal, que determina que haja o reajuste baseado na alteração dos vencimentos para deputados federais e estaduais. Eu acredito que eles deveriam protestar contra essa determinação federal, afinal, nós temos que obedecer o que diz a legislação”, lembrou Leonardo.
O projeto prevê que o salário do prefeito reeleito Zé Queiroz (PDT) subiria de R$ 16 mil para cerca de R$ 20 mil. O vice-prefeito Jorge Gomes (PSB) teria um reajuste de R$ 2 mil, o que representaria valores de R$ 10 mil. O salário dos secretários teria um acréscimo também e subiria de R$ 9 para pouco mais de R$ 11 mil. O subsídio dos vereadores também teria uma recomposição das perdas inflacionárias e subiria para mais de R$ 11 mil. Antes de entrar em discussão na plenária da Câmara, o projeto precisa ser aprovado na Comissão de Legislação e Redação de Leis, que geralmente realiza suas reuniões nas terças-feiras.