
O ambiente político em Pernambuco vive momentos de intensa tensão, com a relação entre a governadora Raquel Lyra e a Assembleia Legislativa sendo testada após a decisão de entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) aprovada pelos deputados em 2023. Esse movimento feito as vésperas da volta do recesso Legislativo.
Diante da ação no STF, o presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto, convocou uma reunião com líderes dos partidos para analisar a complexidade da ação. A decisão de Raquel Lyra de questionar a LDO aprovada pelos deputados adiciona um novo elemento à relação já delicada entre o Executivo e o Legislativo estadual, que foi tensa em alguns momentos do ano passado.
A situação política ganha contornos ainda mais complexos com a complicação nas relações entre o governo estadual e a Prefeitura do Recife. O acionamento do Ministério Público de Contas e o pedido ao Tribunal de Contas do Estado para derrubar o ofício do Governo de Pernambuco, que busca a volta de servidores cedidos ao Município, incluindo a secretária de Finanças do Recife, Maíra Fischer, adiciona mais um capítulo a esse embate.
O conselheiro Eduardo Porto, sobrinho do presidente da Alepe, Álvaro Porto, assume papel de destaque como relator do caso no Tribunal de Contas do Estado. A tensão política evidenciada por esses embates indica que a corrida eleitoral para 2026, quando João Campos e Raquel Lyra devem disputar o governo estadual, talvez tenha começado mais cedo do que o esperado. As movimentações judiciais e políticas mostram que, na teoria, a disputa já está em curso, deixando a população em alerta para as consequências dessa antecipação do debate.