O deputado federal Wolney Queiroz (PDT) conversou com a equipe do blog sobre os últimos fatos recentes ocorridos em Brasília. Ele explicou os motivos de seguir a maioria da bancada pernambucana e votar a favor do projeto dos royalties enviado pelo senado. Para ele, foi uma das maneiras de conseguir mais recursos para os municípios e estados, que a cada ano perdem recursos, principalmente do FPM e FPE.
“A escolha que nós fizemos ontem foi visando uma melhor participação na arrecadação dos municípios. Há uma reclamação dos governadores e dos prefeitos, principalmente por conta da escassez de recursos vindos do governo federal, principalmente após o incentivo a redução do IPI, que mexeu diretamente na arrecadação dos municípios, que dependem muito do Fundo de Participação dos Municípios e o Fundo de Participação dos Estados. Por isso a decisão da maioria em votar o projeto enviado pelo Senado Federal”, explicou o pedetista.
O deputado disse que na próxima semana terá uma reunião com o Ministro do Trabalho, Brizola Neto (PDT), e que novas ações poderão beneficiar a Capital do Agreste. “Costumo dizer que Pernambuco tem 25 deputados federais e Caruaru tem um parlamentar só pra ela, essa é minha obsessão e não paro de pensar um minuto o que posso trazer de benefícios para a cidade. Após a visita de cortesia a bancada federal do PDT, o ministro Brizola Neto me procurou e disse que em breve vamos manter contatos para saber o que pode ser feito pelo Ministério do Trabalho para Caruaru. Serão ações que envolvem o Projovem Urbano, qualificação profissional, incentivo as cooperativas dos resíduos sólidos, tudo isso pode ser viabilizado num encontro que vamos ter na semana que vem, para abrir o armário do Ministério e observar na prateleira o que pode ser conseguido para Caruaru”, garante.
Sobre as polêmicas declarações de Rogério Meneses, que disparou contra Wolney e insinuou que na Câmara existiam vereadores “lambe botas”, o pedetista não quis polemizar e minimizou as falas do petista na Tribuna da Casa Jornalista José Carlos Florêncio. “Não me cabe avaliar as falar de Rogério. O vereador, assim como os deputados e senadores, usam à tribuna e são responsáveis para falar o que bem entendem e não cabe a mim analisar. Mas digo que todos os vereadores, sejam de governo ou oposição, merecem ser respeitados”, explanou.
A respeito da eleição da Mesa Diretora, que será realizada no dia primeiro de janeiro, o pedetista disse que as conversas serão iniciadas e que vai lutar por um nome de consenso. “Vamos juntar a nossa bancada para conversar e teremos uma decisão em conjunto, para que possamos tomar uma posição que seja de consenso, a melhor para todos. O prefeito e nem eu temos o interesse de interferir nos caminhos da Câmara, mas a gente sabe que quando há uma integração entre a Casa e a prefeitura, os dois lados saem ganhando e a população também. Na segunda quinzena de novembro, as conversas sobre a eleição da Mesa terão início e vamos decidir os rumos do nosso conjunto, para que os vereadores eleitos decidam quem será o presidente”, pontuou.
Sobre a adesão de um oposicionista a bancada governista, o deputado esquivou-se, mas disse que vai buscar ter uma boa relação com a oposição. “Não tenho a informação confirmada. Só quero dizer que vou trabalhar para que possamos ter uma convivência harmônica com a oposição. Não é preciso haver necessariamente uma adesão, mas é possível termos uma convivência harmônica, para que a gente possa viver os interesses da cidade. Vou procurar defender essa tese junto ao prefeito Zé Queiroz e ao nosso conjunto político”, disse.